quarta-feira, abril 29, 2009

"Morrer na Praia" ..


Companhia de Bailado Contemporâneo pode “morrer na praia”
O apelo chega da directora artística da companhia: Se os apoios não chegarem a companhia de dança morre. No Dia Mundial da Dança, Liliana Mendonça, admite que existe “algum risco” da estrutura desaparecer. A Companhia de Bailado Contemporâneo tem cinco anos. O projecto nasceu entre os bailarinos da desfeita companhia "Gulbenkian" mas a nova companhia nunca conseguiu obter um apoio oficial e os apoios particulares vão rareando.

A época de ouro dos solos

Dia Mundial da Dança assinalado em todo o país. "Uma carta coreográfica" chega a 199 municípios
CATARINA FERREIRA
O formato de grande companhia de dança está em vias de extinção. Por falta de apoios, salas de ensaio e de espectáculos, investidores e público, é mais fácil fazer pequenas produções do que formatos que envolvam uma grande logística.

Esta terça-feira, celebra-se o Dia Mundial da Dança. Para assinalar a efeméride, haverá várias produções por todo o país. Mas a maioria são de pequenas companhias e decorrem em espaços proporcionais a este tipo de performance. Até ao final do ano, as maiores salas de espectáculos do país, Coliseu do Porto e dos Recreios, têm agendados apenas dois espectáculos de dança: "Cinderela", pelo Russian Classical Ballet, e um tributo a Rudolf Nureyev.

Em contrapartida, nas associações culturais e pequenos teatros, multiplicam-se as produções de dança.

Para Sandra Esteves, coreógrafa, as grandes companhias "não são sustentáveis, o que é uma tristeza", e lembra que, "no resto da Europa, as grandes companhias não são privadas". Segundo aquela responsável, as grandes companhias só podem sobreviver com "apoios mistos: estatais e de uma grande estrutura financeira que apoie, estratifique e desenvolva uma máquina comercial com camisolas, CD e posters. Um regime como tem a Companhia Nacional de Bailado com a EDP", especifica. E denuncia: "A lei do mecenato ainda não está bem explorada em Portugal".

Lucília Baleixo, directora da Companhia de Dança de Sintra, partilha desta visão. "Na realidade europeia, o formato de grande companhia não se adequa, a logística de viajar com uma grande companhia é muito cara. Ou se tem um mecenas ou é impossível", denuncia. Quanto à sua companhia, refere, "trabalhamos por projecto e é preciso medir o interesse do público", ou seja "se um espectáculo com muita gente convence o público, é fácil fazer com que ele role, se tiver uma expressão mínima, é impossível". Actualmente, leva em digressão 14 pessoas, no projecto "Chama-me fado", mas como revela tem tido apoios.

Vera Santos, do Festival da Fábrica, que começa no Porto depois de amanhã, o formato de grandes companhias começa a ficar esgotado por vários factores: "Não há companhias com elencos fixos, vão sendo construídas por projectos , e também não há espaços para as receber". No caso do Festival da Fábrica, foi preciso optar entre "vários espectáculos de qualidade com três ou quatro intérpretes ou apenas um de uma companhia", o que acaba por ser uma condicionante para a programação, como afirmou a responsável.

Dia Mundial da Dança e os (sempre) "queixinhas" ...

já não há pachorra para este inúteis que desde o tempo do Cavaco até ao do Guterres, passando pelo tempo do Sampaio, Soares, Santana Lopes e mais não sei quem, comem à mesa do orçamento de subsídios da Cultura governamental, nãopercebem nada de administração das Artes, e só porque deram uns pinotes na Gulbenkian, sabe-se lá de que paixão e ligação (homo hetero ou transsexual) beneficiaram; andam sempre a choramingar quando vêem que a mama se está acabar.

Vão mas é trabalhar. O público não gosta dessas porcarias. Ainda não perceberam?