sexta-feira, agosto 24, 2007

Menino entre meninas


este tema de ser Rapaz e estar na Dança, toca-me sempre porque coomigo era o mesmo.
in correio da manhã

por Teixeira Marques
Alexandre Joaquim tem estilo e gosto pela dança Alexandre Joaquim, natural de Faro, de sete anos, não tem dúvidas quanto ao seu futuro: “Só me sinto feliz a dançar, pelo que quero ser bailarino.”
Triste porque, nas férias, “só posso dançar em casa”, Alexandre luta contra a discriminação dos colegas da Escola de S. Luís, em Faro, onde é excelente aluno do 8.º ano. “Chamam-me nomes, por preferir dançar a jogar futebol”, queixa-se. Desde que aprendeu a andar nunca mais deixou de dançar, e aquele pequeno corpo parece levitar no espaço, nunca estando parado, realizando exercícios que vai elaborando na sua cabeça.
Inscrito na Companhia de Dança do Algarve desde os quatro anos, Alexandre é o único menino entre dezenas de meninas.
“A Companhia tem cerca de 120 alunos e apenas três rapazes: eu, o Sávio, com 22 anos, e o João, de dez anos, pelo que no meu grupo sou o único menino, entre cerca de 50 meninas”, afirma, desgostoso e revoltado, porque “às vezes chamam-me menina”, lamenta-se.
Três aulas semanais de dança, de duas horas cada, sob a orientação de credenciados professores da Companhia de Dança do Algarve, vão moldando o corpo de Alexandre Joaquim, que já participa, ao lado das meninas, como é óbvio, nos espectáculos do grupo.
“É uma grande felicidade e adoro ouvir os aplausos”, confessa o jovem bailarino, considerado uma promessa da dança clássica.
O piano é outra paixão de Alexandre, embora sem a força da dança, mas quem o ouve tocar garante que há ali vocação.
Recentemente, a convite da professora da escola, organizou e coreografou uma dança num espectáculo do estabelecimento de ensino, “que foi um êxito mas que não chegou para convencer os meus colegas que é melhor dançar do que andar aos pontapés numa bola”, afirma, triste por não conseguir arregimentar mais dançarinos.
“O que interessa é que vou tocar piano e dançar, dançar muito...”, garante, convencido de que com a sua pertinácia irá concretizar os seus sonhos, contra todos os preconceitos.

quarta-feira, agosto 22, 2007

A Bela Adormecida


22 de Novembro de 2007 às 21h30 no Coliseu de Lisboa27 de Novembro de 2007 às 21h30 no Coliseu do Porto

É no dia 3 de Janeiro de 1890 que estreia «A Bela Adormecida», bailado que marca o primeiro encontro entre Marius Petipa e Piort Illitch Tchaikovsky. A Bela Adormecida representa o ponto culminante da «Ballet Symphonique», como será desenvolvido ao longo do Sec. XIX. Os dois principais temas do bailado, o bem (na Fada dos Lilazes) e o mal (na Fada Carabosse), são a linha básica da estrutura musical e na qual Petipa tem uma intervenção inovadora na colaboração com o compositor, transformando subtilmente as ordens de Vsevolojsky, o tradicionalista e definitivamente aliado a Tchaikovsky, realiza um sinfonismo coreográfico inovador, no qual a simbiose musical/bailado ultrapassa os conceitos do mero devertimento.
No primeiro acto, quando Aurora se pica com o fuso, a música reflecte de forma expressiva o sono que se aproxima e que a deixa adormecida um século. Outro momento superior é no prólogo, o adágio e as variações das fadas formam o climáx da colaboração sinfónica. No segundo acto o acento é especialmente colocado no adágio de Aurora com os quatro principes, assim como no terceiro acto, quando se festejam as Boda de Aurora, é o adágio das personagens centrais, tempos fortes na acção músical e por consequência na coreografia.
Por esta razão «A Bela Adormecida» é uma das obras mais representativas do bailado clássico puro, quase de linguagem abstrata, onde prevalece e afirma-se como demonstração da arte clássica.

sábado, agosto 11, 2007

A Cortina


A Cortina - The top video clips of the week are here

Já lá vão doze anos, mas é delicioso ver-me em 1995 a ensaiar uma peça de Ana Calafate feita para ser apresentada (e que nunca foi, por culpa da (des)organização de um senhor chamado Gonçalo da Câmara Pereira) no Padrão dos Descobrimentos na véspera do Casamento dos Duques de Bragança.
A coreografia é da Ana, em homenagem ao nosso saudoso mestre Tony Hulbert.
A música é de Addinsel (Concerto para Piano e Orquestra).
Bailarinos: eu e a Rita Nunes Ribeiro (Rita Énerre).

quinta-feira, agosto 09, 2007

Quorum Ballet actua em Nova Iorque

in Sol
A companhia portuguesa Quorum Ballet vai participar no Downtown Dance Festival, em Nova Iorque, com a apresentação de dois espectáculos, nos dias 23 e 25 de Agosto, com coreografias da autoria do director artístico, Daniel Cardoso
Em declarações hoje à Agência Lusa, o responsável referiu que esta será a primeira digressão da companhia de dança contemporânea aos EUA, em resultado do convite para participar no festival, e adiantou que em Novembro também se apresentará na Dinamarca.
Criado em 2004, o Quorum Ballet é uma companhia de reportório residente nos Recreios da Amadora, composta pelos bailarinos Daniel Cardoso e Teresa da Silva, que passaram pela Martha Graham Dance Company, de Nova Iorque, Mónica Gomes e Iolanda Rodrigues, do extinto Ballet Gulbenkian, e Filipe Narciso, da Companhia Nacional de Bailado.
Daniel Cardoso nasceu em Lisboa há 30 anos e iniciou os estudos de dança com nove, frequentou a Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa, trabalhou na Companhia Nacional de Bailado, foi bailarino principal da Martha Graham Dance Ensemble, e trabalhou também com coreógrafos como Susan Stroman, Steve Rooks e Kenneth Topping.
O Quorum Ballet também trabalha habitualmente com os músicos e compositores Jorge van Zeller, Jorge Silva, Francisco Fernandes e Halina Berezowska, além de uma equipa técnica e de produção.
A companhia teve a sua estreia em Dezembro de 2005, nos Recreios da Amadora, com a apresentação de quatro peças do programa 5 Peças de Daniel Cardoso e actuou entretanto em Lisboa, em Santa Maria da Feira, Loulé, Campo Maior, Portalegre, e na cidade de Arhus, na Dinamarca.
«Somos uma companhia que trabalha a tempo inteiro, e sobrevivemos dos espectáculos que apresentamos e de um grande empenho por parte de todos os elementos que a compõem», disse o director artístico, sublinhando que não tiveram até ao momento qualquer apoio do Ministério da Cultura.
Os apoios institucionais vieram do Governo Civil de Lisboa, «que tornou possível a viagem a Nova Iorque para participar no festival de dança», da Câmara Municipal da Amadora, com a disponibilização das instalações para ensaios e espectáculos, e da Câmara Municipal de Lisboa, que tem fornecido materiais de divulgação do trabalho da companhia.
Também estabeleceram parcerias com outras entidades, nomeadamente a Agência Baixa Chiado, com a qual assinaram um protocolo para fazer três espectáculos este ano, a Artes em Trânsito, para a apresentação de espectáculos em duas cidades do país, e a AQK Associação Quorum Cultural para cedência de espaço.
Relações, Uma Viagem Mágica ao Mundo da Dança, Quorum Ballet/Corvos e Clepsydra são outros dos programas já produzidos pela companhia, que tem também realizado workshops com crianças em parceria com escolas e câmaras municipais.
Lusa/SOL