quarta-feira, agosto 22, 2007

A Bela Adormecida


22 de Novembro de 2007 às 21h30 no Coliseu de Lisboa27 de Novembro de 2007 às 21h30 no Coliseu do Porto

É no dia 3 de Janeiro de 1890 que estreia «A Bela Adormecida», bailado que marca o primeiro encontro entre Marius Petipa e Piort Illitch Tchaikovsky. A Bela Adormecida representa o ponto culminante da «Ballet Symphonique», como será desenvolvido ao longo do Sec. XIX. Os dois principais temas do bailado, o bem (na Fada dos Lilazes) e o mal (na Fada Carabosse), são a linha básica da estrutura musical e na qual Petipa tem uma intervenção inovadora na colaboração com o compositor, transformando subtilmente as ordens de Vsevolojsky, o tradicionalista e definitivamente aliado a Tchaikovsky, realiza um sinfonismo coreográfico inovador, no qual a simbiose musical/bailado ultrapassa os conceitos do mero devertimento.
No primeiro acto, quando Aurora se pica com o fuso, a música reflecte de forma expressiva o sono que se aproxima e que a deixa adormecida um século. Outro momento superior é no prólogo, o adágio e as variações das fadas formam o climáx da colaboração sinfónica. No segundo acto o acento é especialmente colocado no adágio de Aurora com os quatro principes, assim como no terceiro acto, quando se festejam as Boda de Aurora, é o adágio das personagens centrais, tempos fortes na acção músical e por consequência na coreografia.
Por esta razão «A Bela Adormecida» é uma das obras mais representativas do bailado clássico puro, quase de linguagem abstrata, onde prevalece e afirma-se como demonstração da arte clássica.

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