quinta-feira, dezembro 28, 2006

ESMAE (Porto) terá curso de dança

Notícia do Primeiro de Janeiro, por Isabel Rodrigues Monteiro
Obras de ampliação ainda não tem data para avançar
A ampliação da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE) permitirá a criação do curso de dança e a melhoria das condições gerais das aulas de música e teatro. Para já ainda não há datas para avançar, mas prosseguem as negociações com o Ministério da Ciência e Ensino Superior.

A Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE) está a negociar com o Ministério da Ciência e Ensino Superior o plano preliminar do projecto para o novo edifício que permitirá ter melhores condições, mas também a abertura de um novo curso. Para já, e como confirmou ao JANEIRO Francisco Beja, director da ESMAE, não é possível perspectivar prazos para o arranque das obras, nem tão pouco para a abertura do curso de Dança.
Depois de a 16 de Novembro o Conselho de Ministros ter dado luz verde, no início do mês de Dezembro o Instituto Politécnico do Porto teve a boa notícia da publicação em Diário da República da resolução que autoriza a ESMAE a adquirir quatro fracções na Rua da Alegria. Prédios que são confinantes às actuais instalações e que depois de renovados permitirão o "aumento da capacidade e da oferta de formação". Tal como realçou Francisco Beja, o importante com a construção de um novo edifício de aulas não é tanto o aumento da capacidade mas a dotação de melhores condições de aulas para os 550 alunos que actualmente frequentam a escola nos cursos de Música e Teatro. "A escola não crescerá muito mais para além da actual capacidade", explicou, adiantando que obviamente terá mais alguns alunos com a criação do novo curso de dança.
Do novo edifício que fará parte das instalações da ESMAE pouco ainda há para dizer. Como informou Francisco Beja, nesta nova construção passará a estar grande parte do Departamento de Música e o novo Departamento de Dança. A área a ocupar terá cerca de 900 metros quadrados e respeita à compra de quatro imóveis na Rua da Alegria autorizada pelo Conselho de Ministros. A aquisição destes quatro imóveis tem um custo total de 700 mil euros, sendo que o encargo, como se lê no texto publicado em Diário da República, será integralmente suportado por verbas do orçamento privativo do Instituto Politécnico do Porto para 2006.
Estando o processo ainda a ser negociado com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior e sendo depois necessário ainda elaborar o projecto e lançar concurso, bem como obter financiamento é ainda prematuro avançar com datas para o arranque das obras, sublinhou o director da escola, acrescentando ter esperança de que o projecto possa ser alvo de uma candidatura ao Quadro de Referência de Estratatégia Nacional (QREN).

Recordam-se?


Quem se lembra do Jaír e a Greca dançarem primorosamente no Coliseu dos Recreios, em meados dos anos 80?
Um bailado em figura de circo?
Não se lembra?
Então era o Ballet Teatro Guaíra, de Curitiba, capital do Estado do Paraná, Brasil.
Ainda não se lembra de nada?
O Grande Circo Místico, sabe o que foi?
Tem aquela "Ciranda da Bailarina", recentemente popularizada pela Adriana Calcanhotto.
Agora vai-se lembrar de certeza. Foi uma companhia nascida do zero, e mantida a sangue , suor e lágrimas pelo português já desaparecido Carlos Trincheiras, e sua mulher Isabel Santa Rosa.
Pois, nesse tempo, o país assistiu a um Bailado com música de grandes figuras da MPB como Edu Lobo ou Chico Buarque, coreografada pelo Trincheiras, que aproveitou a estada para montar para a CNB "A Sagração da Primavera".
Ora o Ballet Guaíra está em grandes dificuldades, é o que nos dá conta o site da rádio CNB de Curitiba.


O Ballet Teatro Guaíra a um passo da extinção: só 4 bailarinos serão mantidos na companhia
por Denise Morini - 27/12/2006

Todos os outros profissionais serão exonerados no dia 31 de dezembro. O drama dos bailarinos do Guaíra já é antigo. No começo da década de 90 eles foram contratados em regime estatutário – ou seja, tornaram-se funcionários públicos estaduais. Outros bailarinos só poderiam integrar a companhia Ballet Teatro Guaíra com concurso público.

O problema é que em 15 anos, isso não aconteceu. De todos os bailarinos que se tornaram funcionários do Estado, quatro foram mantidos no Corpo de Baile. Os outros criaram uma segunda companhia, o G2, com um repertório diferenciado. Para manter o Ballet em atividade, bailarinos mais jovens foram contratados em cargos comissionados. Mas agora, com o fim de mais um mandato estadual, eles serão exonerados dia 31 de dezembro.

De acordo com a primeira bailarina do Guaíra, Eleonora Greca, esta é a primeira vez, nos 30 anos de carreira dela, que a situação fica tão crítica. Em outubro, o governo sinalizou a possibilidade de abrir concurso público para o Ballet Teatro Guaíra. Mas, segundo Greca, os bailarinos não tiveram um posicionamento até agora.

Atualmente, muitos bailarinos comissionados da Companhia Ballet Teatro Guaíra são de outros Estados. Para eles, ainda não é possível fazer planos para o ano novo.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

É o PRACE que obriga a criação do OPART

No âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), o Ministério da Cultura, tutelado por Isabel Pires de Lima, pretende extinguir 14 serviços e organismos, com o objectivo de racionalizar meios humanos e financeiros das artes, à semelhança do que acontece com outros Ministérios. E decidiu ainda constituir uma única empresa pública, com a denominação Organismos de ProduçãoArtística (OPART), que juntará o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado. Na nova lei orgânica pode-se ler que os OPART contribuirão para o "desenvolvimento da cultura musico-teatral".

terça-feira, dezembro 26, 2006

A Dança ameaçada pelos OPART

Por José Sasportes
Escritor e historiador de dança no Diário de Notícias

Esta coisa de haver uma lei que tenha a vaidade de se impor a todos é tão irritantemente estúpida como a de haver uma só medida pra todos os chapéus.

Almada Negreiros, A Engomadeira

O Ministério da Cultura anunciou a criação de uma empresa pública denominada com particular infelicidade OPART( Organismos de Produção Artística ) , em que viriam a convergir o Teatro Nacional de S. Carlos e a Companhia Nacional de Bailado (CNB). Este anúncio suscitou comentários adversos de diversos sectores, que têm evidenciado, sobretudo, os danos que tal fusão acarretaria para o S.Carlos, a única casa da ópera portuguesa. Sem discordar desta visão, creio que a instituição mais lesada virá ser a CNB, admitindo mesmo que depois da catastrófica desfundação do Ballet Gulbenkian seja esta a pior notícia que podia atingir o mundo da dança.

A nova lei orgânica do Ministério da Cultura diz que estes OPART contribuirão para o "desenvolvimento da cultura musico-teatral", categoria em si mesma antiquada, que desde logo faz desaparecer o facto coreográfico que constitui a CNB. Recorde-se que quando, em 1946, o Estado assumiu a tutela do S.Carlos declarou que o fazia para "estimular e desenvolver a arte lírica e coreográfica em Portugal", era serôdia já então esta concepção de uma única arte lírico-coreográfica, mas, ao menos, a dança não estava ausente do enunciado, como agora acontece. A verdade é que a dança sempre ocupou pouco espaço na programação do S. Carlos no séc. XX, e idêntica secundarização se afigura inevitável se uma só gestão se vier a impor sobre os interesses artísticos historicamente contraditórios das duas artes. A dança vem sempre em segundo lugar, salvo quando decide em casa própria.

Os equívocos, no entanto, começam logo na decisão de criar esta entidade, sem que qualquer estudo prévio tivesse sido feito sobre o modo melhor de enfrentar os problemas artísticos e administrativos de que pudessem sofrer o Teatro e a Companhia, mas apenas para obedecer aos imperativos do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE ), que visa reduzir, indiscriminadamente, o números de directores e de institutos, assim amalgamando o que, pela sua especificidade, o não pode ser. A tutela, aproveitando esta boleia, e sem ouvir os responsáveis directos pela identidade artística das duas casas, satisfez um desejo ideologicamente motivado de subordinar as artes a um modelo tecnico-administrativo, como é bem demonstrado pelo figurino avançado para os OPART em que os directores artísticos seriam súbditos da administração.

O pior, porém, é o aspecto anacrónico desta opção. A partir da revolução dos Ballets Russes, tornou-se claro que a dança perdia em estar associada aos teatros de ópera, pelo que foi lutando para alcançar sempre maior autonomia e independência. A fórmula de casas da dança ou de centros coreográficos é hoje a mais corrente em toda a Europa, correspondendo ao lugar que a dança granjeou no panorama cultural. O projecto que a Companhia Nacional de Bailado tem estado a desenvolver no Teatro Camões, transformando-o numa autêntica Casa da Dança, graças ao apoio de um mecenas generoso, a EDP, é o que melhor corresponde às necessidades da Companhia e da evolução da dança em Portugal. Mas para que continue a história de sucesso ali iniciada (aumento de quase 200% de público desde 2003 e significativo crescimento de receitas) é indispensável que a CNB continue a mandar naquela Casa sem ver os seus interesses subalternizados aos da ópera, como inevitavelmente sempre acontece.

Os OPART foram lançados sem que antes se tivessem medido as consequências práticas desta opção. A Ministra da Cultura não fez declarações substanciais e não são conhecidos os seus pontos de vista sobre as duas artes, mas já do Secretário de Estado se podem ler singulares interpretações da história do Teatro S. Carlos ou a sua hilariante opinião sobre o Ballet Gulbenkian, segundo a qual a Fundação teria feito melhor em apoiar as alternativas então existentes - Verde Gaio e grupo de Margarida de Abreu -, que representavam o amadorismo que a companhia da Fundação Gulbenkian veio a superar.

Os OPART afiguram-se danosos para as instituições que se pretendem juntar, mas, das duas, a história ensina que a Companhia Nacional de Bailado viria a ser seguramente a mais penalizada. Os teatros nacionais e a CNB carecem de instrumentos de gestão próprios adaptados ao teor artístico de cada um, não se lhe podendo continuar a aplicar formas de gestão importadas de outros sectores da administração pública. Já se ensaiaram os modelos de administração directa, de fundação, de empresa pública, que regressa, e sempre com resultados não convincentes, que ditaram a necessidade das sucessivas mudanças. É tempo de se encontrarem soluções originais e eficazes, sendo indispensável que, agora, em relação aos OPART, o Governo revogue este seu projecto e que, nesta matéria, oiça quem sabe, estude primeiro e decida depois.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Kim ensaia remontagem d'"O Lago"

Há muitos anos que não tinha notícias da Kim. O DN noticia a remontagem do "Lago" e aqui tive a oportunidade de saber notícias da distinta americana, que um dia exigiu à Renault que lhe desse um R5 cor de rosa igualzinho ao do anúncio da TV. Coisa que a marca teve de se desunhar porque um carro daquela cor, só mesmo na publicidade!
Já há 20 anos, o Armando Jorge começava a vestir a bailarina Kim da cabeça aos pés - o que a linda Kim (confidenciou-me no keep feet) entendia já como o aproximar do fim de carreira nos papeis de destaque (com pontas). Foi a Kim que mostrou ao povo o bailado classico num maravilhoso pas-de-deux em 1972 com Jorge Trincheiras, no Teatro Maria Matos, para o programa"Domingo à Noite", em directo.
notícia DN:
Companhia Nacional de Bailado volta a 'O Lago dos Cisnes' vinte anos depois

Maria João Caetano De Rainha vestida, saia comprida e sapatos de salto, Kimberley Ribeiro é a única bailarina de O Lago dos Cisnes a quem não é pedido para se colocar em pontas. Kim, como é chamada nos corredores do teatro, está na Companhia Nacional de Bailado (CNB) "desde o primeiro dia", ou seja, há 30 anos.
Em 1986, quando Armando Jorge dirigiu O Lago dos Cisnes, Kim fez parte do corpo de baile e interpretava diversos papéis, entre os quais o de Rainha. Afastada dos palcos pela idade, actualmente Kim é ensaiadora da companhia mas não recusa fazer este tipo de participações especiais. "Queria muito participar porque estamos a festejar os 30 anos da companhia", diz. "Gosto muito de estar no palco, tenho muito prazer, não poderia desperdiçar esta oportunidade." Desfila de leque na mão, postura perfeita. E aplaude os solos dos bailarinos principais - os papéis de Odette e do príncipe Siegfried.
"É um dos bailados mais difíceis a nível de estilo, são necessárias muitas horas de ensaio", desabafa esta veterana. "Mas vale a pena."
O sonho das meninas
Clássico entre os clássicos, O Lago dos Cisnes (coreografia original de Petipa e Ivanov com música de Tchaikovsky, de 1875) tem resistido ao tempo e às múltiplas versões de que foi alvo e continua, ainda hoje, a ser o sonho de muitas bailarinas. "Vi várias produções do Lago mas nunca imaginei que alguma vez eu pudesse fazer a Odette", conta Filipa Castro, 28 anos, uma das bailarinas que interpretam a protagonista. "É um bailado tão etéreo, puro e delicado. Tive que trabalhar essa fragilidade que, em mim, não é natural."
Ao lado de Filipa, como Siegfried, está o croata Tomislav Petranovic, de 30 anos. "Para os rapazes é diferente, não é uma personagem com que se sonhe desde pequeno, mas sim, é um ponto alto na carreira", explica. Quer Filipa quer Tomislav já tinham feito O Lagos dos Cisnes com outras companhias, no estrangeiro, mas reconhecem que a versão de Lisboa, por ser mais curta, é das mais difíceis: "Como foram cortadas muitas cenas, é muito mais cansativo para os principais, sobretudo para as raparigas que têm de estar em pontas", diz Tomislav.
Mehmet Balkan, o director artístico da CNB e responsável pela direcção do bailado, admite que os cortes foram feitos a pensar acima de tudo no público: "Hoje as pessoas já não têm tempo nem paciência para ficar quatro horas a ver um bailado." Mas considera que a versão em nada empobrece o bailado pois "algumas das cenas eram excessivamente longas".
O segredo dos clássicos
São estas adaptações que permitem que um clássico se reinvente a cada produção e escape ao envelhecimento, considera Luísa Taveira, programadora de dança do Centro Cultural de Belém e ex-bailarina da CNB que, há 20 anos, interpretou Odette. "São estas actualizações que garantem a sua sobrevivência. É uma herança cultural que é rejuvenescida a cada produção", diz, acrescentando: "Para um bailarino significa muitos anos de trabalho, muitos ensaios, preparação como a de um atleta de alta competição."
"Na história da dança há uma tendência para queimar continuamente e fazer de novo mas há um grupo muito pequeno de bailados que se mantêm, que são os clássicos, que foram seleccionados pelo tempo, pelo público e pelos coreógrafos devido à sua qualidade, quer coreográfica quer musical", acrescenta José Sasportes, historiador da dança.
Faz sentido continuar a fazer os clássicos? "Isso é como perguntar se faz sentido continuar a ouvir a quinta sinfonia de Beethoven", responde Sasportes. Mehmet Balkan reconhece em bailados como este (ou Giselle ou O Quebra-Nozes) uma tradição que é importante que o público conheça e que os bailarinos dancem, pelo menos uma vez por ano. São como os alicerces de todas as construções, mesmo as mais modernas, diz. Nas palavras de Tosmislav: "Não é por gostarmos de Pollock que vamos deixar de gostar de Rubens."
Se faz sentido continuar a dançar O Lago dos Cisnes? Perguntem ao público, desafia Mehmet. As lotações estão praticamente esgotadas.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

MAR

in Diario de Noticias por Tiago Pereira
Os músicos são os de sempre, assegurando o tal "ondular de música" que nos descrevem, aquele que acompanha a voz, personagem principal. Teresa Salgueiro, no centro do palco, concentrando atenções e sentidos. Mas, desta vez, por pouco tempo.
Movimentos estranhos entram em cena para se tornarem num só corpo, como complemento das canções. Os Madredeus recebem a "visita", em palco, do Lisboa Ballet Contemporâneo e das coreografias de Benvindo Fonseca. O espectáculo Mar chega hoje às lojas em formato DVD e procura recuperar um momento singular, revelando-o a quem o não presenciou.
Pedro Ayres Magalhães, dos Madredeus, explica-nos que "foi o Benvindo que nos convidou para colaborar com a jovem companhia dele. Ele tinha feito um programa, uma coreografia sobre a Ella Fitzgerald, e tinha a ideia de fazer uma trilogia onde incluiria uma cantora portuguesa, depois de um trabalho sobre Maria Callas. A autoria da obra é do Benvindo, foi ele que escolheu as canções e o alinhamento."
Tudo porque, confessa Benvindo Fonseca, "a música dos Madredeus é muito dançável e extremamente elevada. E o facto de eles poderem estar em palco, ao vivo, tudo isso ajudou para que a escolha fosse esta".
Percorrendo sobretudo o repertório do quinteto que forma os Madredeus desde 1996, 19 canções são apresentadas em palco em conjunto com dez bailarinos que procuraram, acima de tudo, exprimir, através do corpo, um sentido "mediterrânico e atlântico, da cultura latina, da família, da poesia, do culto do amor, dos sentimentos nobres". Diz-nos Pedro Ayres Magalhães. "E do mar, da água. Porque o mar é a palavra que mais divulgámos. Porque esta é uma música da margem sul do mediterrâneo, da costa ocidental da África, da América Latina, das terras da guitarra, do Sul da Europa, da terra da canção e do amor. E de rotas marítimas, de uma música ondulada, com o ritmo das vagas. Tem de ser efémera, não poder mais que uma sugestão, fugaz, como a água que nunca é a mesma".
Benvindo Fonseca embarcou na viagem e foi apreendendo "não só a música mas toda a emoção, toda esta mestiçagem, esta riqueza que se transforma facilmente em movimento".
"O público teve, pela primeira vez, a nossa música como fundo de outra coisa", diz Pedro Ayres Magalhães. "Porque o objectivo do grupo é criar música atmosféricas, música para a paisagem portuguesa. Não se insinua com o culto da personalidade dos intérpretes. E, ao existir uma linha de acção entre nós e o público, existiu também essa ideia de fundo, de ambiente."
Benvindo Fonseca refere apenas que "é uma música de fundo mas é uma coisa muito rica. São a poesia e as emoções que ressoam. Por isso é muito dançável, transformam-se as emoções em dança. E a voz da Teresa é muito rica. Tudo transporta muitas fotografias para criar. A poesia, por ser tão forte, pode ser um impulso como pode ficar subentendida".
Em palco vemos Teresa Salgueiro coreografada por Benvindo Fonseca. "A Teresa demonstrou-se sempre muito disponível", revela este. "Ela trabalha muito com o olhar e isso é fantástico. Tudo o que vinha dela era muito apelativo, o timbre da voz… Tudo isso foi luz para se criar, apesar de termos invadido um espaço que habitualmente é só dela." A banda está em interacção com os bailarinos - os músicos num plano mais recuado, divididos entre o tempo próprio da música e a cadência dos bailarinos em palco -, a voz e a poesia num encontro equilibrado entre música e movimento.
Mar é um projecto pensado como "um espectáculo itinerante, de uma companhia de música, poesia e bailado que se pode apresentar nos locais onde os Madredeus têm tocado", revela, a concluir, Pedro Ayres Magalhães.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Dança Contemporânea em Joinville

O 25º Festival de Dança de Joinville considerado um dos eventos de dança mais importantes do Brasil, será realizado de 18 a 28 de julho de 2007. O calendário de inscrições da Mostra de Dança Contemporânea irá até 31 de janeiro de 2007, somente pelo site www.festivaldedanca.com.br
ver em Colunistas

BALLET NACIONAL DE ESPAÑA


O Ballet Nacional de Espanha está nos Açores.
Uma profusa descrição está no Canal de Agenda do Portal Acores.net:

terça-feira, dezembro 05, 2006

Projecto do Madredeus Ballet

Os Madredeus e o Lisboa Ballet Contemporâneo juntaram-se num projecto de música e dança a que deram o nome de Madredeus Ballet e que resultou no espectáculo «Mar», a editar dia 11 de Dezembro em DVD.
notícia n'O Primeiro de Janeiro

sexta-feira, dezembro 01, 2006

O Campeão da Persistencia

numa coisa realmente presto a minha homenagem ao José Manuel Oliveira: a determinação com que ele impõe e continua com a Companhia de Dança de Lisboa.
Agora um espectaculo com a coreografia do "gulbenkian" César Moniz, nos Açores.
notícia no Açoriano Oriental