sexta-feira, novembro 30, 2007

Despejados


Companhia de dança despejada do palácio

MIGUEL A. LOPES / LUSA

Palácio albergava sete bailarinos e um guarda, mas a polícia diz que havia perigo iminente de catástrofe
APolícia Municipal (PM) iniciou, ontem de manhã, uma operação de despejo do espólio da Companhia de Dança de Lisboa (CDL) do Palácio dos Marqueses de Tancos, em Lisboa. Segundo fonte camarária, a CDL tinha sido notificada pela autarquia do despejo, tendo 90 dias para sair. No decurso da acção, os ânimos aqueceram e o director da companhia acabou por ser detido, acusado de agredir uma agente polciial.
Segundo André Gomes, comandante da PM, existia "perigo iminente de uma catástrofe", dado o mau estado em que se encontravam as instalações à guarda da CDL, fundada em 1984 por José Manuel Oliveira. Várias botijas de gás, fritadeiras eléctricas, uma delas em funcionamento, cabos eléctricos descarnados, ligações eléctricas precárias, foram algumas das situações encontradas pelos agentes.
José Manuel Oliveira, que foi detido após ter agredido uma agente, foi presente ao Ministério Público, acabando por sair em liberdade ao final da tarde. "A agressão foi um gesto irreflectido quando fechava o portão", reconheceu.
Ainda assim, o responsável não poupou críticas à Câmara de Lisboa. "Estou sem nada. Apenas com a roupa que tenho no corpo. Não tenho os meus produtos de higiene nem os meus medicamentos", referiu, acrescentando sentir-se "humilhado" pela autarquia. Qualificou ainda o despejo iniciado ontem, que hoje deve prosseguir, como "um acto nazi" porque, justificou, "não respeita os direitos de uma instituição que dignificou este palácio". Relativamente aos bailarinos também desalojados, afirmou não ter conseguido "entrar em contacto" com eles e manifestou-se "preocupado com a imagem que tudo isto dá de Portugal", já que três deles são mexicanos, dois belgas e uma luso-canadiana.
O espaço ocupado pela companhia no Palácio dos Marqueses de Tancos, edifício do século XVI que sobreviveu ao terramoto de 1755, servia para habitação de sete bailarinos e um guarda, que foram igualmente desalojados. A questão do acolhimento do guarda, um homem de 78 anos, que não era funcionário camarário, "está a ser tratada entre a Câmara e a Santa Casa da Misericórdia", disse o director municipal da Cultura, Rui Pereira.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Danças que mudaram a Dança


Trisha Brown mostra coreografias que mudaram a dança
Plantão Publicada em 29/11/2007 às 13h00mO Globo Online
O 'varal' de 'Floor of the forest'. Foto: divulgação
SÃO PAULO - A coreógrafa norte-americana Trisha Brown é um dos grandes nomes da dança contemporânea. Sua ousadia ao dançar em locais públicos, como telhados de Nova York, galerias e parques, a inspiração em movimentos cotidianos e o desafio à lei da gravidade fizeram com que ela mudasse o conceito de dança na década de 70. Pela primeira vez, os brasileiros terão oportunidade de conferir suas criações revolucionárias, misturas de instalação e performance.
Seis coreografias criadas pela artista nos efervescentes anos 70 serão apresentadas no Sesc Avenida Paulista até sábado, dia 1 de dezembro. As obras "Accumulation", "Floor of the forest", "Sticks", "Group primary accumulation", "Figure eight" e "Spanish dance" também foram apresentadas recentemente na Documenta de Kassel de 2007.
Em "Spanish dance", cinco mulheres percorrem o palco ao som da canção "Early morning rain", de Gordon Lightfoot, cantada por Bob Dylan. O movimento espalha-se por meio do toque, que desperta cada uma das bailarinas. Ao som de The Grateful Dead, "Accumulation" mostra como gestos se acumulam até formarem uma seqüência coreográfica. Cada movimento é como uma nota musical, que vai sendo combinada a outras para compor uma frase.
Um varal estilizado chama a atenção da platéia em "Floor of the forest". Os bailarinos se movimentam entre as cordas e roupas estendidas na horizontal. "Group primary accumulation" é apresentada por quatro dançarinos, que começam a cena inertes e dispostos eqüidistantes uns do outro em linha desde a boca de cena até o fundo do palco. Executam a peça em uníssono, produzindo séries de gestos que se acumulam, enquanto giram seus corpos.
Os bailarinos de "Sticks" têm uma vara na cabeça. A outra extremidade da vara está presa na parede ou na cabeça de outro bailarino. A cena inicial de "Figure eight" imita uma aeromoça que demonstra as medidas de segurança de vôo a uma fila de pessoas.
Os interessados em saber mais sobre o trabalho de Trisha Brown e entender porque a linguagem da coreógrafa continua a ser inovadora podem participar de um bate-papo com a crítica de dança Helena Katz no dia 30 de novembro.

Intervenção Policial

in Expresso Online
Intervenção policialCompanhia de Dança de Lisboa despejada do Palácio dos Marqueses de Tancos
O director da companhia, José Manuel Oliveira, encontra-se detido por ter agredido uma agente.13:30 Quinta-feira, 29 de Nov de 2007 Aumentar Texto Diminuir Texto Enviar por email Link para esta página ImprimirLink permanente: x
A Polícia Municipal (PM) esteve durante a manhã de hoje, quinta-feira, a despejar o espólio da Companhia de Dança de Lisboa (CDL) instalada no Palácio dos Marqueses de Tancos, na rua da Costa do Castelo, em Lisboa.A PM entrou no Palácio cerca das 8h00, em cumprimento de uma ordem do executivo camarário, disse à Lusa o sub-intendente André Gomes, comandante daquela força de segurança.
Segundo o comandante da PM, existia "perigo iminente de uma catástrofe", dado o mau estado em que se encontravam as instalações à guarda da CDL, companhia fundada em 1984 por José Manuel Oliveira.
Várias botijas de gás, fritadeiras eléctricas, uma delas em funcionamento, cabos eléctricos descarnados, ligações eléctricas precárias, foram algumas das situações encontradas pela polícia que levaram a pedir a intervenção dos bombeiros.
O director da companhia, José Manuel Oliveira, encontra-se detido por ter agredido uma agente policial e será hoje presente ao Ministério Público, disse fonte policial.
O espaço ocupado pela CDL no Palácio dos Marqueses de Tancos, edifício do século XVI que sobreviveu ao terramoto de 1755, servia também para habitação de sete bailarinos e um guarda, que foram igualmente desalojados.
Três dos bailarinos, de nacionalidade mexicana, irão pedir apoio à embaixada do seu país, assim como os dois bailarinos belgas. Uma bailarina luso-canadiana tem família em Lisboa que a irá acolher.
O palácio evidencia graves danos patrimoniais, nomeadamente azulejos quebrados, tectos abertos, escadas e soalhos degradados e em risco de abatimento.
No local, o director municipal da Cultura, Rui Pereira, afirmou que a Câmara de Lisboa não tinha qualquer conhecimento "do deplorável estado de conservação do palácio, porque desde há dez anos o director da companhia não deixava entrar nenhum funcionário camarário, tendo inclusive mudado as fechaduras do portão".
Para retirar todo o espólio da CDL foram utilizados três camiões de quatro toneladas cada e ainda algumas carrinhas de caixa alta da polícia municipal.

terça-feira, novembro 27, 2007

Béjart suiço

Béjart tinha adquirido nacionalidade suíça em JaneiroO coreógrafo Maurice Béjart, falecido na passada quinta-feira em Lausanne, aos 80 anos, tinha adquirido em Janeiro último a nacionalidade suíça, informou o chanceler do Cantão de Vaud, Vincent Grandjean, confirmando notícias da imprensa local.
A doença impediu-o de cumprir a última formalidade - prestar juramento - mas, «a partir do momento em que a autorização federal chegou, em Janeiro último, Maurice Berger [nome de baptismo do coreógrafo] era juridicamente suíço», explicou Grandjean, presidente da administração cantonal.
O «ritual» do juramento perante o governo do Cantão de Vaud fora «adiado duas vezes» por causa da débil saúde de Béjart, mas «a sua morte não põe em questão o facto de que tinha a nacionalidade suíça», insistiu.
Lausanne dera «luz verde» à naturalização de Béjart através de um processo simplificado, uma vez que ele tinha já o título de «cidadão honorário», assinalou, por seu lado, o presidente da câmara da cidade, Daniel Brélaz.
O consulado-geral da França em Genebra indicou não ter conhecimento da «naturalização suíça» de Béjart, observando, porém, que, a confirmar-se, tal facto «não lhe retira da nacionalidade francesa».
Béjart, cujo corpo será incinerado terça-feira em Lausanne, estabeleceu-se nesta cidade suíça em 1987, depois de ter deixado Bruxelas, onde dirigia a sua companhia de ballet desde 1960.
RMM.
Diário Digital / Lusa
27-11-2007 7:40:00

sábado, novembro 24, 2007

Maurice Béjart (1927-2007) - I

Morreu o coreógrafo que quis democratizar a dança
por ANA MARQUES GASTÃO, DN

Popular, Maurice Béjart tinha mais de 250 bailados no seu repertórioEra divertido, não se levava demasiado a sério, mas marcou gerações, recusando sempre a ideia de estilo único. Com mais de 50 anos de actividade, o coreógrafo e ex-bailarino Maurice Béjart morreu, ontem, no Centro Hospitalar de Lausana (Suíça), onde dirigia, há 20 anos, o Béjart Ballet de Lausanne. A notícia foi dada pelo escritor Francois Weyergans, Prémio Goncourt 2005, e amigo íntimo do artista. Tinha 80 anos.
O criador de Boléro, com música de Maurice Ravel (1960), popularizado pelo filme de Claude Lelouch Les Uns et Les Autres, havia sido hospitalizado pela segunda vez em um mês para ser submetido a um tratamento cardíaco e renal. Acompanhava, no entanto, diariamente o trabalho da companhia e, em particular, os ensaios d'A volta ao mundo em 80 minutos, cuja estreia mundial está prevista para 20 de Dezembro, no Théâ- tre de Beaulieu, em Lausanne.
Obra vasta a sua, a de um corpo vigoroso e ágil. Rosto escultórico, riso alto, elevado sentido musical, tinha mais de 250 coreografias no repertório e o estatuto de estrela. O mundo da dança contemporânea mal o evoca, porém, talvez injustamente, ele que criou a emblemática escola Mudra, em Bruxelas (1970), a de Dacar (1977) e a escola-atelier Rudra em Lausana (1992) , talvez porque tenha merecido, por parte do público, a condenação da popularidade e feito concessões à facilidade.
Fundador do Ballet du XXe Siè- cle, a passagem para o Béjart Ballet Lausanne (1987) efectuou-se em continuidade, mas a verdade é que o Béjart respeitado é o Béjart de antes, que Portugal ainda viu, por várias vezes, nomeadamente pela mão do Ballet Gulbenkian em, por exemplo, Webern Opus V. Vasco Wellenkamp, ex-coreógrafo residente desta companhia, hoje director da CNB, considera-o um "filósofo da dança, um esteta", enquanto nomes como Larrieu dizem que, nos anos 70, graças a ele, passou a poder comprar-se posters de bailarinos a caminhar nos passeios.
Nomes dos mais relevantes da dança contemporânea como Maguy Marin, Catherine Diverrès, Michèle Noiret, Anne Teresa de Keersmaeker, entre outros, passaram, todavia, pela escola Mudra e aí receberam ensinamentos do autor de uma das versões mais conhecidas de A Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky (1959). Béjart escreveu ainda memórias, peças de teatro, foi realizador e encenador de ópera.
Há ainda quem associe Messe pour le temps présent (1967) ao Maio de 68. Não admira, foi expulso de Portugal por Salazar, no mesmo ano, por ter tomado posição contra as ditaduras. Foi Béjart quem noticiou, quando da apresentação do Romeu e Julieta, no Coliseu de Lisboa o assassínio de Robert Kennedy. Seguiram--se 20 minutos de aplausos. Traria a Lisboa, já depois de 74, essa obra.
Raramente reivindicado, Béjart era um contador de histórias, um comunicador. Não seria um pioneiro no sentido de Merce Cunnigham, nem um criador de um movimento ou de um estilo sequer, mas, no domínio da pedagogia, há unanimidade de opiniões quanto à força do seu contributo. Erotizou, por outro lado, o corpo masculino, vestiu-o de jeans, desamarrou-o dos códigos clássicos, assexuados. Idealizava a mulher.
Bem e mal-amado, Béjart fica, porém, associado à liberdade e à democratização da arte. Afinal, não resistiu a um público que o idolatrava.

«Pedro e Inês» em Moscovo

Bailado «Pedro e Inês» recebido com reticências em Moscovo
O bailado «Pedro e Inês», apresentado pela Companhia Nacional de Bailado na capital russa, no âmbito do Festival Dance Inversion, foi recebido com reticências pelos críticos de arte russos.
«Só um louco ou um português pode levar ao palco a história verdadeira dos principais amantes portugueses», escreve Tatiana Kuznetsova, crítica de dança do diário Kommersant.
Segundo Tatiana Kuznetsova, no espectáculo encenado por Olga Roriz «o elo mais fraco é a longa dança inicial, O Sono de Inês, rico em movimentos estáticos».
«Sete baitalinas (sete imagens da beldade castelhana) vivem, em sete monólogos, uma visão profética: a própria morte. As artistas, bem ensinadas, desempenham os seus solos com uma expressão fanática, mas a sua verbosidade patética parece demasiadamente longa e exageradamente melodramática«, qualifica a crítica.
«O rei Afonso - prossegue - acrescenta dissonância: durante todo esse tempo, o monarca, em convulsões no trono e fazendo caretas terríveis à própria coroa, desempenha o papel de mau no estilo do antigo teatro de pantomina».
A crítica considera, porém, que «o espectáculo é salvo precisamente pelas cenas mais arriscadas», e realça momentos como o «adágio de amor de Pedro e Inês» e «a exumação encantadoramente bela do cadáver (de Inês)».
«No entanto - insiste - está longe de ser perfeita. A longa procissão do rei com o cadáver de Inês e a cena igualmente longa da coroação da morta são muito estragadas pelo trono idiota... parecido com uma cadeira de estomatologia ou ginecologia«.
Numa nota final, ressalva que »todas as falhas deste bailado incorrecto são compensadas pela simplicidade e sinceridade dos sentimentos de que são capazes só os habitantes da Península Ibérica, periferia europeia da dança moderna que ainda não foi atingida pelo reflexo auto-destruidor dos vizinhos setentrionais mais apurados«.
Anna Gordeeva, crítica do diário Vremia Novostei, é menos clemente com o bailado encenado por Olga Roriz.
Segunda ela, várias vezes a música parece não coincidir com a dança no palco.
«A música aqui (uma mistura de sete autores...) estremece monotonamente, não coincidindo de forma alguma com a expressão dolorosa do pesadelo nocturno», escreve a crítica, referindo-se a «O Sono de Inês».
«A cena impressiona novamente, mas uma vez mais não coincide de tal forma com a música que parece que puseram a tocar outro fonograma por engano», acrescenta, a propósito da cena do assassinato de Inês.
«No fim de contas, a nossa versão sobre os sofrimentos do monarca por uma pessoa perfidamente assassinada também não pode ser considerada feliz: Ivan, o Terrível poderá ser ainda mais tenebroso», conclui Anna Gordeeva, comparando o drama português ao assassinato do filho do czar Ivan, o Terrível, pelo próprio pai.
«Talvez valesse mais se o bailado de Portugal trouxesse obras de coreógrafos cujos nomes provocam inveja aos amantes de teatro de Moscovo», escreve ainda o diário «Vedomosti».
Diário Digital / Lusa
19-11-2007 13:28:00

segunda-feira, novembro 19, 2007

despejo de bailarinos

Câmara insiste no despejo de bailarinos
arquivo JN
Era Sampaio presidente da CML quando o espaço foi cedido à CDLCâmara insiste no despejo de bailarinos Odirector da Companhia de Dança de Lisboa (CDL) acusou ontem a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de querer destruir a companhia ao não apresentar argumentos nem alternativas à acção de despejo do Palácio dos Marqueses de Tancos, na costa do Castelo. A poucos dias de comemorar 20 anos de actividade, que se assinalam no dia 21 de Novembro, a CDL antecipou as comemorações e realizou ontem um "concerto de protesto" de música barroca e dança clássica para "chamar a atenção dos cidadãos de Lisboa para a falta de nível e de respeito que os políticos têm para com a cidade". No centro da polémica está a acção de despejo que a autarquia lisboeta decretou à CDL para que a companhia abandone as actuais instalações no Palácio dos Marqueses de Tancos e para a qual, de acordo com o director da CDL, José Manuel Oliveira, não foi dada qualquer explicação ou alternativa. "[A Câmara Municipal de Lisboa] não deu alternativa nenhuma porque não tem outro interesse que não seja destruir a Companhia, porque nós fazemos muita sombra a muitos parceiros corruptos que apoiam e têm apoiado os políticos de Lisboa", acusou José Manuel Oliveira, em declarações à agência Lusa. De forma muito directa, o director da companhia disse estar a falar dos programadores dos teatros da cidade "que vivem das comissões que recebem de quem lá actua" e que têm fechado as suas portas à Companhia de Dança de Lisboa. "A nós fecharam-nos os teatros para dizerem que nós não existimos, tudo em combinação com os políticos para poderem dizer não fazem nada, mas isso é mentira porque nós temos uma actividade imensa fora de Lisboa e no estrangeiro", garantiu. As acusações não ficaram por aqui. O director da Compnahioa de Dança de Lisboa apontou também o dedo ao Ministério da Cultura, que acusou de discriminação, e, também, ao antigo vereador da Cultura da autarquia lisboeta durante o mandato de Carmona Rodrigues, José Amaral da Costa.Costa não comentaContactado pela Lusa, o assessor do presidente da CML limitou-se a dizer que António Costa não está para já interessado em falar sobre este assunto e que não comenta a acção de despejo. A Companhia de Dança de Lisboa ocupa o Palácio dos Marqueses de Tancos desde 1993 ao abrigo de um protocolo assinado com a autarquia, na altura presidida por Jorge Sampaio. A CDL existe desde 1984, tem actualmente oito bailarinos e estreou este ano um novo espectáculo em Santiago de Compostela, Espanha, e está actualmente a preparar uma digressão.

quinta-feira, novembro 15, 2007

resistencia ao despejo

Companhia de Dança de Lisboa resiste a despejo
LUÍSA BOTINASO fundador da Companhia de Dança de Lisboa (CDL) garante que só por cima do seu cadáver a câmara da capital tomará conta do espaço ocupado por aquela instituição no Palácio dos Marqueses de Tancos, à Costa do Castelo, centro histórico da cidade.
José Manuel Oliveira, fundador e director daquela companhia, lamenta que o "actual presidente do município tenha optado por avançar com a acção de despejo contra a CDL e nem sequer se tenha disponibilizado a visitar-nos para conhecer o trabalho realizado e o que fizemos para melhorar este espaço que se encontrava muito degradado quando para aqui nos mudámos".
A CDL, fundada 1984, ocupa os andares nobres do Palácio dos Marqueses de Tancos, desde 1993, ao abrigo de um protocolo assinado com João Soares, renovável a cada dez anos. "Estou tranquilo, o protocolo é válido até 2013", disse ao DN José Manuel Oliveira.
A autarquia lisboeta, já sob a gestão socialista de António Costa, notificou o director da CDL, dando oito dias (que se completam para a semana) à instituição para sair. "Mas isto não é uma casinha", afirmou ao DN. Aquele responsável diz-se alvo de acções persecutórias por parte do Município de Lisboa sobretudo desde que, sublinhou, "denunciei as irregularidades que se cometeram no andar de baixo do palácio, quando a EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural) fez obras para aqui se instalar, sem que os trabalhos tivessem sido acompanhados pelas entidades de defesa do património", salientou. José Manuel Oliveira destaca "o contributo que a CDL tem dado para divulgação da cultura no estrangeiro" e garante que tem investido na melhoria das instalações da Costa do Castelo, "apesar do esforço financeiro, e de não sermos subsidiodependentes, pois vivemos das receitas dos espectáculos e das actividades que aqui promovemos (aulas de dança)". O director da CDL denunciou haver "jogos de interesse" relativamente ao palácio.
Contactado pelo DN, o presidente da câmara afirmou não estar informado sobre esta situação.

quarta-feira, novembro 14, 2007

CDL com acção de despejo :(

Companhia Dança Lisboa contesta acção de despejo da Câmara

A Companhia de Dança de Lisboa (CDL) contesta a acção de despejo do Palácio dos Marqueses de Tancos, na costa do Castelo, de que é alvo por parte da Câmara de Lisboa, tendo colocado na internet um abaixo-assinado para sensibilizar a autarquia.
José Manuel Oliveira, fundador e director da CDL, afirmou à Lusa que «tudo se fará para impedir este despejo», que qualificou de «injusto», tanto mais que a companhia ocupa os salões nobres do palácio ao abrigo de um protocolo assinado em 1993, quando era Jorge Sampaio o presidente da Câmara.
«Esse protocolo foi assinado por dez anos, sendo automaticamente renovável», assinalou José Manuel Oliveira.
O mesmo responsável indicou estar online o abaixo-assinado «Não ao despejo e consequente extinção da Companhia de Dança de Lisboa» - http://www.petitiononline.com/NdespCDL/petition.html - mas não excluiu o recurso aos tribunais.
«O nosso advogado está a analisar o processo e não excluímos a possibilidade de recorrer aos tribunais», disse.
José Manuel Oliveira afirmou ter evitado «o estado de iminente ruína» que o palácio corria «dados os vários desmandos de que o edifício foi alvo».
O palácio, que resistiu ao terramoto de 1755, foi vendido pelos marqueses de Tancos aos Armazéns do Chiado em 1875, para acompanharem o rei D. Miguel no seu exílio na Áustria.
Os Armazéns do Chiado instalaram nele escolas e fábricas após o 25 de Abril de 1974 e em 1980 venderam-no por 35.000 contos à Câmara de Lisboa «para o defender da destruição que estava a ser alvo».
«Desde que a CDL tomou conta dos andares nobres do palácio em 1986 já gastou mais de 300.000 euros em obras de restauro», referiu Oliveira, que denunciou haver «jogos de interesse» relativamente ao palácio e se declarou «alvo de perseguições».
A CDL «é a única companhia independente em Portugal, que não recebe qualquer subsídio», salientou.
À história do palácio está ligado o pintor Carlos Botelho que ali instalou o seu atelier.
O atelier do «pintor de Lisboa» é actualmente a casa de um guarda «ali colocado por Irisalva Moita, na altura directora dos museus municipais que queria travar a delapidação deste património», indicou ainda Oliveira.
A CDL existe desde 1984, tem actualmente oito bailarinos e estreou este ano um novo espectáculo em Santiago de Compostela (Noroeste de Espanha, «Na abertura do horizonte - a Cidade da Utopia», dedicado a José Afonso e a Agostinho da Silva, estando actualmente a preparar uma digressão.
A Lusa tentou, sem resultado, obter declarações de responsáveis da Câmara de Lisboa sobre esta matéria.
Diário Digital / Lusa
14-11-2007 16:06:00

Historia pela Dança n"Os Franceses"


associativismo in rostos.pt - o seu diário digital
Barreiro - S.D.U.B. “Os Franceses” anuncia futuras iniciativasTeatro, fotografia digital e dança
Barreiro - S.D.U.B. “Os Franceses” anuncia futuras iniciativas
Teatro, fotografia digital e dançaAmanhã realiza-se, às 21horas, a palestra “Viagem pela História através da Dança”
A Sociedade Democrática União Barreirense “Os Franceses” anuncia as actividades para os próximos meses, sendo que amanhã, dia 14 de Novembro, se realiza no salão da colectividade, pelas 21 horas, a palestra “Viagem pela História através da Dança”, um colóquio que conta com a presença do professor António Luís Ferronha, historiador e realizador de documentários históricos.
Dois Workshops, um de fotografia digital e outro de dança a 1 e 2 de Dezembro
A palestra “Viagem pela História através da Dança” que vai ser levada a cabo pelo professor António Luís Ferronha, realiza-se amanhã, pelas 21 horas, e é uma iniciativa especialmente dirigida para os professores de educação física, de ginástica, grupos de teatro e escolas de dança, que necessita de confirmação de presença. Outras iniciativas a realizar até ao final do ano vão ser dois workshops, que têm lugar a 1 e 2 de Dezembro, sendo um de fotografia digital e outro de dança. Em relação ao workshop de fotografia digital, que já tem horas marcadas, vai compreender-se entre as 9h30 e as 13h30 e entre as 15 horas e as 19 horas, com o preço de 45 euros para sócios e de 50 euros para não sócios. As inscrições podem fazer-se na secretaria da S.D.U.B. “Os Franceses” ou através dos números 21 207 32 37 ou 96 860 14 04

5 Peças

Quórum Ballet apresenta "5 Peças de Daniel Cardoso"A companhia Quórum Ballet apresenta, sábado, 17 de Novembro, pelas 21h30, no Teatro Angrense, o espectáculo “5 Peças de Daniel Cardoso”, integrado no ciclo “Danças do Mundo na Ilha Terceira”.
A Quórum Ballet é uma companhia de dança contemporânea de repertório que apresenta sensíveis diferenças e um elevado nível de exigência e qualidade nos seus espectáculos.
Em pouco de mais de um ano a Quórum Ballet, sem qualquer subsídio ou apoio financeiro, conseguiu atingir o objectivo de criar uma companhia de repertório de dança contemporânea em Portugal. Com uma estrutura bem definida e permanente, a companhia é presentemente integrada por seis bailarinos, alguns dos quais oriundos do extinto Ballet Gulbenkian, Companhia Nacional de Bailado, Martha Graham Dance Company e Peter Schaufuss Ballet, dois compositores e equipa técnica e administrativa.
“Danças do Mundo” é um evento de projecção nacional que tem como objectivo principal a apresentação de diferentes interpretações da dança na Ilha Terceira.

terça-feira, novembro 13, 2007

Um lago sem água e 100 barbatanas

Na Semana da Dança em Palmela
Dançarte estreia nova criação"Um lago sem água e 100 barbatanas"
Na Semana da Dança em Palmela
Dançarte estreia nova criação
A Dançarte - Companhia residente no Cine Teatro S. João, em Palmela, estreia a sua nova criação na Semana da Dança, com apresentações para as escolas nos dias 21, 22 e 23 de Novembro, e no dia 24, para o público em geral.
A Semana da Dança, que decorre entre os dias 17e 25 de Novembro, é uma organização da Câmara Municipal de Palmela e da Passos e Compassos/Dançarte.
Trata-se da sua 11ª produção para crianças, que pretende sensibilizar os mais novos para as artes e criar novos públicos com mensagens pedagógicas que são transmitidas através da dança, da música, da história e das personagens. As crianças recebem, deste modo, pistas para reflexão sobre formas de partilhar a cidadania numa mesma comunidade.A Semana da Dança, que decorre entre os dias 17e 25 de Novembro, é uma organização da Câmara Municipal de Palmela e da Passos e Compassos/Dançarte.
«Como é que um Lago não tem água mas tem 100 barbatanas?
Obra do Crocodilo Dilo, da Tartaruga Guga, do Hipopótamo Potamo e do Pinguim Guim.Quatro animais especiais, que sabem pensar, falar e dançar e que se encontram, por acaso, num lago sem água.Sozinhos no mundo, estes animais procuram uma família, um lar e amigos para viver em paz, como ouviram falar nas histórias que os avós contaram.Porque se encontram no meio de muitas barbatanas, descobrem que não são iguais e aprendem a aceitar as diferenças de cada um;Através da dança criam amizades. Como é que o crocodilo dança?E o hipopótamo dá voltas até ficar tonto? Será que a tartaruga tira a casa das costas para uma boa dança romântica com o pinguim?Nadam sobre rodas, falam ao telemóvel e navegam de barco na Internet. Para se conhecerem melhor, trocam conhecimentos sobre ambiente, segurança, vida saudável e boa alimentação.Nesta viagem aprendem as palavras comunidade, partilha e solidariedade.Espantados?!? Não!... Não se esqueçam, o Dilo, a Guga, o Pótamo e o Guim são quatro animais, muito especiais...Divertidos, trocam passos de dança, partilham músicas, ensinam princípios mágicos e criam surpresas únicas aos olhos dos mais novos.»
Dias 21 e 22 - 9h30, 11h00 e 13h30Dia 23 - 9h30, 11h00 e 15h00 Um lago sem água e 100 barbatanas
Nova criação da DançArteCine Teatro S. João - PalmelaPré-escolar e 1º ciclo (sujeita a reserva com a Divisão de Educação de Palmela)Entrada livre
Dia 24 - 16h00
Teatro S. João, PalmelaCrianças e famílias
Entrada paga - 3 euros
Ficha Técnica:
Coreografia: Sofia BelchiorComposição musical: António MachadoCenografia e desenho de luz: António Machado e Sofia BelchiorFigurinos: Sofia Belchior e Mariana SantosInterpretação: DançArte - Companhia residente no Teatro S. João, Palmela; Beatriz Pereira, Lucinda Melo, Perrine Bache-Gabrielsen e Rita CardosoProdução: Sofia Belchior e Tânia TeixeiraApoios: Câmara Municipal de Palmela; MC/ IA

quarta-feira, novembro 07, 2007

Quinzena da Dança de Almada

Quinzena da Dança
Está a decorrer até 18 de Novembro, a Quinzena da Dança de Almada, «Contemporary Dance Festival».
A Companhia de Dança de Almada, com o apoio da Câmara de Almada, está a produzir mais uma Quinzena da Dança Contemporânea, com espectáculos, mostras de vídeo-dança, workshops e debates com coreógrafos, apresentados em espaços de Almada, Lisboa, Ericeira, Montijo, Alcochete e Setúbal.
São alguns dos espectáculos deste programa, nos dias oito, nove e 10, no Auditório Fernando Lopes Graça, em Almada, a Companhia de Dança de Almada, apresenta um programa para Escolas, com O Sonho da Princesa Clarice, de Carla Albuquerque e Maria João Mirco.
No dia nove, no Fórum Cultural de Alcochete, no dia 10, no Auditório da Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericeira e no dia 16, Cinema–Teatro Joaquim de Almeida, no Montijo, os Solipsism Dance Group, apresentam, «Bloom» de Anna Charalambous,
Na Sala Experimental do Teatro Municipal de Almada, estão previstos espectáculos nos dias 14, 15, 16 e 17. Workshops e ateliers, nos dias 10, 11, na Sala Pablo Neruda, Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada e dias 16 e 17 na Sala Experimental do Teatro Municipal de Almada.
O programa completo desta Quinzena da Dança, pode ser consultado em (www.m-almada.pt) ou (www.cdanca-almada.pt).

quinta-feira, novembro 01, 2007

Festival de Dança de Alcobaça

Decorre de um a 17 de Novembro, a primeira edição do «Internacional Exchange Festival», de Alcobaça, que apresenta nove espectáculos.
O «Internacional Exchange Festival», o primeiro Festival de Dança de Alcobaça, vai decorrer de um a 17 de Novembro, em Alcobaça, Leiria e Santa Maria da Feira, com organização da Companhia de Dança Contemporânea e Câmara de Alcobaça.
O festival conta com a participação do Moscow Piano Quartet, da Companhia Nacional de Bailado, do Ballet Nacional da Croácia (TIZ Rijeka), do Quorum Ballet, da Escola de Dança do Conservatório Nacional, da Academia de Dança Contemporânea, do Ad Lib Trio Acústico e da CeDeCe – Companhia de Dança Contemporânea, a entidade organizadora.
O Espectáculo de Abertura terá lugar, no dia um, no Cine-Teatro de Alcobaça, com dança e música ao vivo, pelos, Moscow Piano Quartet e CeDeCe. No dia três, também no Cine-Teatro de Alcobaça, a Companhia Nacional de Bailado.
No Teatro de Alcobaça, no dia nove, o Ballet Nacional da Croácia Teatro Ivan pl. Zajc Rijeka. Dias 14 e 15, no Cine-Teatro de Alcobaça, Uma Viagem Mágica ao Mundo da Dança, com Quórum Ballet.
Dia 16, no Cine-Teatro de Alcobaça, «O Pássaro - A Dança e outras Linguagens», com Academia de Dança Contemporânea, a Escola de Dança do Conservatório Nacional e CeDeCe.
Fora de Alcobaça, realiza-se no dia 10, em Sta. Maria da Feira, no Europarque, um espectáculo com o Ballet Nacional da Croácia e CeDeCe. No dia 11, em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva, espectáculo também com o Ballet Nacional da Croácia e CeDeCe. Nos dias cinco e 13, na Benedita, no C. C. Gonçalves Sapinho, concertos com CeDeCe e Quórum Ballet.
Dia 17, no Cine-Teatro de Alcobaça, tem lugar o espectáculo de encerramento, com dança e música ao vivo, pelo Ad Lib Trio Acústico e CeDeCe.