segunda-feira, novembro 19, 2007

despejo de bailarinos

Câmara insiste no despejo de bailarinos
arquivo JN
Era Sampaio presidente da CML quando o espaço foi cedido à CDLCâmara insiste no despejo de bailarinos Odirector da Companhia de Dança de Lisboa (CDL) acusou ontem a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de querer destruir a companhia ao não apresentar argumentos nem alternativas à acção de despejo do Palácio dos Marqueses de Tancos, na costa do Castelo. A poucos dias de comemorar 20 anos de actividade, que se assinalam no dia 21 de Novembro, a CDL antecipou as comemorações e realizou ontem um "concerto de protesto" de música barroca e dança clássica para "chamar a atenção dos cidadãos de Lisboa para a falta de nível e de respeito que os políticos têm para com a cidade". No centro da polémica está a acção de despejo que a autarquia lisboeta decretou à CDL para que a companhia abandone as actuais instalações no Palácio dos Marqueses de Tancos e para a qual, de acordo com o director da CDL, José Manuel Oliveira, não foi dada qualquer explicação ou alternativa. "[A Câmara Municipal de Lisboa] não deu alternativa nenhuma porque não tem outro interesse que não seja destruir a Companhia, porque nós fazemos muita sombra a muitos parceiros corruptos que apoiam e têm apoiado os políticos de Lisboa", acusou José Manuel Oliveira, em declarações à agência Lusa. De forma muito directa, o director da companhia disse estar a falar dos programadores dos teatros da cidade "que vivem das comissões que recebem de quem lá actua" e que têm fechado as suas portas à Companhia de Dança de Lisboa. "A nós fecharam-nos os teatros para dizerem que nós não existimos, tudo em combinação com os políticos para poderem dizer não fazem nada, mas isso é mentira porque nós temos uma actividade imensa fora de Lisboa e no estrangeiro", garantiu. As acusações não ficaram por aqui. O director da Compnahioa de Dança de Lisboa apontou também o dedo ao Ministério da Cultura, que acusou de discriminação, e, também, ao antigo vereador da Cultura da autarquia lisboeta durante o mandato de Carmona Rodrigues, José Amaral da Costa.Costa não comentaContactado pela Lusa, o assessor do presidente da CML limitou-se a dizer que António Costa não está para já interessado em falar sobre este assunto e que não comenta a acção de despejo. A Companhia de Dança de Lisboa ocupa o Palácio dos Marqueses de Tancos desde 1993 ao abrigo de um protocolo assinado com a autarquia, na altura presidida por Jorge Sampaio. A CDL existe desde 1984, tem actualmente oito bailarinos e estreou este ano um novo espectáculo em Santiago de Compostela, Espanha, e está actualmente a preparar uma digressão.

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